Por que o Brasil é um atraente mercado consumidor com desafios?

A Brazilian Briefing do país e do Brasil da Brasil expõe uma oportunidade para as empresas do maior mercado de consumo da América Latina, apoiada por uma população grande e predominantemente jovem, uma classe média em rápido crescimento e uma alta e crescente proporção de gastos discricionários no gasto total dos consumidores.

No entanto, os riscos para as perspectivas continuam, com o crescimento da renda real até 2030, o que deverá ser inferior à média regional. Enquanto isso, um alto nível de desigualdade de renda continuará a fragmentar o mercado, exigindo que as empresas adaptem múltiplas estratégias de negócios no país.

O maior mercado de consumo da América Latina é jovem e dinâmico


O mercado de consumo do Brasil foi de R $ 2,9 trilhões (US $ 1,4 trilhão) em 2013, liderando a região latino-americana em termos de despesas de consumo total. A população de 200 milhões de habitantes do país é predominantemente jovem, com pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 34 anos, representando 44,6% da população com mais de 15 anos de idade (ou seja, a população com rendimento) em 2013.


Por isso, a renda é amplamente concentrada entre a população de 15 a 34 anos, como ilustrado pelo grande "hot spot" no mapa abaixo. Apesar da renda média relativamente baixa de pessoas nessa faixa etária (entre US $ 2.500 e US $ 15.000), a concentração de renda entre a população mais nova significa que o Brasil tem um mercado dinâmico com grandes oportunidades para que as marcas criem a fidelidade do consumidor.

Diferenças marcantes nos padrões de gastos entre regiões e níveis de renda


Apesar do aumento dos gastos do governo em vários programas sociais desde meados da década de 2000 que ajudou um pouco a reduzir a desigualdade de renda, o índice brasileiro Gini - uma medida de desigualdade de renda entre zero (perfeitamente igual) e 100% (perfeitamente desigual) - manteve-se alto em 49,7% em 2013, classificando-o como o nono país mais desigual entre 85 países-chave, para os quais a Euromonitor International possui dados.


A desigualdade manifesta-se na diferença Norte-Sul na despesa do consumidor:

A região de Sudeste - lar de São Paulo (o centro econômico e financeiro do país) e o Rio de Janeiro (um importante centro de comércio e turismo) - gozaram dos maiores níveis de consumo por domicílio no Brasil, em US $ 26.739 em 2013.

Por algumas margens consideráveis, as regiões do Nordeste e Norte apresentaram a menor despesa média do consumidor por domicílio no país, em US $ 14.974 e US $ 17.364, respectivamente, em 2013.

Isso reflete a predominância do setor primário nas economias dessas regiões, onde o uso de mão-de-obra principalmente com baixa qualificação leva a baixos salários que reduzem a despesa de consumidor doméstico. Os padrões de despesas do consumidor também variam enormemente por deciles de renda:

O Decile 10 (que representa os 10,0% mais ricos dos domicílios) passou 360 vezes mais na educação e 109 em hotéis e restauração do que no décile 1 (representando os 10,0% das famílias mais pobres) em 2013. Como um todo, o decil 10 representou 54,4% despesas totais de consumo em educação e 43,7% do total de despesas de consumo em hotéis e restauração em 2013.

Por outro lado, as categorias que registraram a menor variação nos gastos entre deciles 10 e 1 foram bebidas e comunicações alimentares e não alcoólicas. Como tal, o Brasil é um vasto mercado com oportunidades em uma ampla gama de preços para esses setores.

Riscos para a perspectiva


Durante o período 2014-2030, a receita bruta anual per capita no Brasil deverá aumentar a uma taxa média de 2,9% ao ano em termos reais, abaixo da previsão média anual média de 3,0% para a América Latina.

Isso reflete desafios para o ambiente de negócios do Brasil, incluindo altos impostos e regulamentos fiscais complexos, procedimentos burocráticos excessivos e um mercado de trabalho rígido, o que levará o crescimento da economia brasileira a rastrear as médias regionais no período 2014-2030, pesando assim a expansão da renda bruta anual per capita no país.

A "nova classe média" do Brasil é frágil, com renda disponível anual logo acima dos limiares da classe média e pode facilmente retornar à pobreza em caso de choques para a economia brasileira. Enquanto isso, à medida que a classe média do país passa por uma disputa, impulsionada pelo forte crescimento do crédito ao consumidor, o aumento da inflação e a subida das taxas de juros são outros riscos.

Não obstante o impacto dos programas sociais do governo, espera-se que a desigualdade de renda no Brasil permaneça alta a longo prazo, pois aspectos como impostos elevados, um mercado de trabalho rígido e altos níveis de burocracia continuam a gerar altos níveis de informalidade no trabalho brasileiro mercado.

Em 2030, o décimo 10 do Brasil representará 36,8% da renda anual anual total do país, em comparação com apenas 1,3% recebidos pelo defe 1.

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